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Espécie análoga alguma, nenhuma
medida em paridade. Não sei se sou pequena ou extensa, se ruidosa ou quieta,
se opaca ou reluzente. Só o embate com a
dessemelhança. Perco o conhecimento pelas
comparações. Recolho algumas pistas, mas custo a discernir o que é vestígio do
que acabar de nascer. Se me aproximo, é pelo
tropeço, pelo deslize, pelo fôlego alterado em meio à placidez. Atingem-me sons
que não decifro, serão de perigo ou de escolta?
O que posso conhecer é o resultado de cada impulso, desequilíbrio ou firmeza, deslocamento ou ápice de inercia. Há o indecoroso convite a nada reter e tudo
tatear. Os contornos ameaçam porque imensuráveis,
mas também guarnecem porque fieis às
suas medidas singulares. O que trago comigo perde a consistência, é preciso encontrar
nova munição. Alfabetizar-me em tons telúricos. Aprender a geometria dos
mutualismos, a gramática das predações. Guardar, como talismã, a lembrança de que nada é puro e sem
sobras. Forjar um novo conhecimento
sobre mim mesma, perdendo a nostalgia das semelhanças, investindo nos efeitos de contato. E quando a hora
da verdade for iminente, não fraquejar, depositar as armas no chão.
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