quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Idade Média

Hoje estou facilmente seduzível. As paredes de Clouster agem sobre mim. Mas as circunstâncias não são as mesmas. Eu aqui, fora do alcance da tua mão, envio os e-mails mais verdadeiros. Quero que saibas deste adensamento, areia movediça, primitivismo controlado. Acho que por aí abriremos caminho neste matagal infestado de histórias. A edificação é falsa, transladada. (Liana T.)



Algum espaço esvaziado: tua bolsa, meu quarto, perda brusca, nome estranho. Ranhura é contorno, um território. Melancolia, latência ou pura prática de abandono.
Cronograma:
deixar que as coisas desmoronem
esquecer
medo de estar te usando
caminhada no parque
acidente em alta velocidade
provocar o encontro
nada
te jurar
Tua fala é cifra, raridade, terremoto. Eu não tenho a menor idéia. Pele pensamento, qualquer dia culpa nova. Um relâmpago que flutua em silêncio no céu abismo de eu deitada olhando teu rosto iluminado por uma lua mínima. Eu te distraio, te conjuro, eu te - me - amparo. Bacante, espectro, canhota por esforço. Fácil, insuspeita, construo uma mentira, que é minha cama quente. Dói ficar parada, e tua linha é dura, e teu corpo me machuca como um Deus cheio de fúria. Abrigo metereológico e preâmbulo líquido - e então tudo é sono ou é revolta.

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