quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Unhas curtas, que já nem te marcam mais. Um dia inteiro, sala e quarto, no exercício renovado de uma espera antiga. Agrado-me até me machucar, devoro o que aparece, me esvazio em qualquer cheia. Depois tento os vestidos floridos, mutilações, caminhada em prece, amar a Deus através das quedas.

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Tento o desvio, a cachaça, o sublime das linhas certas e tortas. Enceno a Sagrada Vagabunda, depois a ressentida imaculada, esqueço tudo, me coço até sangrar. Recebo tua mão sobre meu ombro como uma improvável oferta, arrependimento fundo, sonho com hieróglifos.

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Aglomero omissões com pressentimentos, descasco enigmas, me explicito e não.

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O risco como um norte.

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Nenhum orgulho aos meus pais, nenhum hábito educado, nenhum orgasmo solitário.

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Tomo banho de chuva, comungo, levo choques.

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Luto pela causa operária

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Tento a dissimulação. Invejo a bailarina contundida. Sofro de fomes matinais

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Arrumo a minha farmacinha. Experiências telecinéticas.

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Um tédio que me santifica. Pontas duplas.

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Arqueologia sem perfuração.

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